Jazz News

Noite de gala com Diego Figueiredo abre o Vijazz 2015


Em uma noite especial, o ViJazz Festival apresentou o grande talento do violão brasileiro Diego Figueiredo & Banda, com direito a dois convidados especialíssimos: o gênio da guitarra jazzística Larry Coryell e o pianista David Garfield. Confiram como foi esse grande show.


Diego Figueiredo e Larry Coryell. (foto: Nelson Simões)
Diego Figueiredo e Larry Coryell. (foto: Nelson Simões)


 

28/08/2015 – Wilson Garzon

A noite de terça (18/08) tinha tudo para dar certo. No final, foi surpresa e encantamento. Uma big jam session em formato de concerto.

Diego, com a simplicidade e simpatia que rege suas apresentações, abriu com o solo em “Lele” e em seguida convocou seu trio formado por Edu Machado no baixo e Fernando rast na bateria para executarem duas peças: “Bahia” de Ary Barroso e “Baiãozinho” do seu cd Vivência (2009).

O primeiro convidado a subir foi o pianista/tecladista norteamericano David Garfield e vou logo mostrando suas armas com um super-arranjo em cima da jobiniana “Águas de Março”. Em seguida, emendou um duo com Diego em “Manhã de Carnaval”, numa levada com sotaque latino. O set terminou com a presença do trio em “Take Five”, primeiro com solo de Garfield e em seguida Diego empolgou a plateia com suas variações em cima desse clássico de Brubeck.

Entrou em cena, a grande atração da metade da plateia do Sesc-Palladium: Larry Coryell. Munida de uma vasta cabeleira branca, um dos maiores gênios da guitarra contemporânea do jazz abriu em duo com o anfitrião, a clássica de Tom e Vinícius “Insensatez”. Era só para esquentar, pois em seguida veio “Spain” de Chick Corea, sem dúvida um dos pontos altos da noite: arte e emoção sintetizadas numa só música.

Se o show já estava num nível alto, imagine quando Diego convocou Toninho Horta para formarem um trio a la “McLaughlin-De Lucia-Al di Meola”. Aí foi concerto em forma de improviso total para duas peças: “Stella by Starlight” e “Só danço samba”.

Já sem Toninho no palco, mas com a volta de Garfield, a banda tocou uma das obras primas de Horace Silver, “Song of my Father”, que teve o arranjo de Garfield, mais uma vez genial. Então Diego convocou a plateia para cantar a emblemática “Chega de Saudade”, em forma de gran finale.

Mas como não poderíamos sair dessa jam em forma de concerto sem um bis, esse foi caseiro: a mineira de Milton “Vera Cruz”, onde esses geniais artistas encerraram em grande enlevo esse show, que foi um dos melhores que passaram por Belo Horizonte em 2015.