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O novo ‘Pulse’ de Alfredo Dias Gomes

 

http://gustavoccunha.blogspot.com.br/, 01/12/2016

 

O baterista Alfredo Dias Gomes lança seu sexto disco, Pulse. Acompanhado por Widor Santiago no sax, Yuval Ben Lior na guitarra, Lulu Martin nos teclados e Marco Bombom no baixo, esse novo trabalho é dedicado ao grupo “The Eleventh House“, importante formação da cena jazz rock dos anos 70; e traz ainda duas composições autorais.

O disco foi gravado no ADG Studio e produzido por Alfredo Dias Gomes, que afirma ter uma verdadeira paixão em gravar e sentir o astral no estúdio. Widor Santiago e Lulu Martin já gravam com ele há muito tempo e estão juntos desde seu primeiro disco gravado em 1991; Yuval Ben Lior está ao seu lado desde o disco “Corona Borealis” de 2010; e Marco Bombom participou do disco anterior “Looking Back” de 2015.

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Com a palavra, Alfredo Dias Gomes:

 

Gustavo Cunha – “Pulse” traz uma referência ao grupo “The Eleventh House”. Como deu-se a escolha do repertório?

Alfredo Dias Gomes – The Eleventh House foi uma das minhas grandes influências. O meu objetivo é resgatar para as novas gerações um tipo de música pouco difundido hoje em dia que é o fusion. O líder da banda Larry Coryell é praticamente o criador do estilo, foi o primeiro músico a usar elementos de rock no jazz.

O repertório foi escolhido em cima dos discos “Introducing The Eleventh House“, “Level One” e “Back Together Again“. Assinam as composições não só os lideres Larry Coryell e Alphonse Mouzon mas também músicos e compositores como Michael Lawrence, John Lee, Wolfgang Dauner, Michael Mandel e Joachin Kuhn.

GC – Uma interpretação do pianista alemão Joachin Kuhn com o tema “Shoreline“; este que foi um dos representantes da improvisação livre e experimental. Como essa forma de música se desenvolveu no processo de composição?
ADG – A balada “Shoreline” é do disco “In Search of a Dream“, do baterista da banda Alphonse Mouzon. A livre improvisação relacionada a essa composição aparece na forma do intérprete criador que almeja a expressão pessoal (a criação). A livre improvisação assume como uma das suas propostas, a superação dos idiomas. Nessa linda balada, escolhida para uma mudança de clima no disco, Widor Santiago e Lulu Martin atingem o objetivo em seus improvisos.

GC – Duas composições autorais – “Seven” e “Pulse“. Como surgiu a ideia desses temas?
ADG – A música “Seven” eu compus no piano e quando eu componho a partir dele elas há a tendencia de puxar para um lado mais melódico;

já a música que dá nome ao disco – “Pulse“, eu compus na bateria e é uma ideia rítmica em um compasso de nove e outro de dez, que se repete em loop onde eu fico livre pra solar na bateria.

GC – A distribuição deste trabalho está somente em mídia digital. Que razões levou você a não produzir um CD físico nesse momento?
ADG – O principal motivo é quase não se ouve mais CDs. Acredito que o CD não vai acabar, assim como o vinil não acabou, mas a verdade é que a nova geração escuta música de outra forma. A tendência é fazer download pela internet e ouvir em streaming pelas lojas como iTunes e Spotify, em que o consumidor assina um pacote e tem direito a ouvir toda a biblioteca.

Obrigado Alfredo Dias Gomes, e sucesso.

 

 

 

 

 

 

Pulse está disponível nas plataformas: iTunesCDBabyAmazonGoogle Play e Spotify

 

https://www.youtube.com/watch?v=kcKAmHR16_0&list=PLGT3xNVVpwCr9WdYVhOjKipZzjqZNMLk3