Magno Alexandre apresenta ‘Marajó’, seu segundo CD autoral
Guitarrista, compositor e arranjador, natural de Belo Horizonte, Magno Alexandre iniciou seus estudo de musica em 1987, influenciado por musica mineira e rock, logo depois se apaixonou pelo jazz.Em 1991 teve seu primeiro grupo de música instrumental, o “Feijão de Corda”, em 1993 conheceu o baterista e compositor Nenê, que com Eneias Xavier, formaram o Nenê Trio, e mais tarde no formato quarteto, com o saxofonista Vinicius Dorin, gravaram três cds: Ao Vivo no CCBB (1996), Suite Curral del Rey (1997 e Porto dos Casais 1998). Em 2005 o músico venceu a Vª Edição do Prêmio BDMG de Música Instrumental e ganhou o Prêmio Marco Antônio Araújo de melhor CD Instrumental de 2004 com “Maracatuaba”. Ele contou com as participações de Toninho Horta, André Mehmari, Sergio Santos, Nenê, Toninho Ferraguti e Benjamim Taubkin, entre outros.
Agora, em 2016, Magno nos apresenta seu segundo trabalho autoral, “Marajó”, que foi feito em duas sessões ao vivo em estúdio em NYC, no Brooklin (Peter karl Studios), sem overdubs. Ele gravou com a formação de quarteto e contou com as participações do pianista americano Mike Eckroth, o baterista brasileiro radicado em NY Adriano Santos e o porto-riquenho Ricky Rodriguez no baixo acústico. E do Brasil, veio o cantor Sérgio Santos para fazer vocalise em duas músicas. O cd será lançado no dia 30/06, dentro da programação do Savassi Festival.
Wilson Garzon – Em 2004 você lançou seu primeiro cd solo, “Maracatuaba”. Ele era um resumo da sua trajetória ou ele continha um conceito já definido?
Magno Alexandre – Era um resumo, pois tinha influencia de varias épocas, desde os ensaios do grupo Feijão de Corda, na garagem do baterista Hudson Vaz, até os ensaios do baterista Nenê, que foi a minha verdadeira escola.
WG – Depois de um hiato de doze anos você apresenta seu segundo trabalho, “Marajó”. Como foi essa trajetória de concepção, produção, a escolha dos músicos..
MA – Novamente foram se somando experiências e composições de varias fases. Tem músicas de 15 anos antes e músicas de uma semana antes de gravar… Uma coisa eu já sabia, iria gravar com o pianista Mike Eckroth. A ideia inicial era gravar com ele aqui, na Bemol, com o Lincoln Cheib, Eneias Xavier e o Chico Amaral faria uma participação. Mike desmarcou por duas vezes por ter tido turnês que furaram.
Eu não tinha planos de gravar em New York; aconteceu. Quando fui “inesperadamente”, para conhecer a cidade, fiquei hospedado na casa de Mike e ele me sugeriu que fizéssemos um encontro no estúdio, `a principio para tocar um pouco com uns músicos que ele chamaria. Então, decidimos gravar. Mike chamou o Ricky Rodrigues (baixista), e me veio o nome do Adriano Santos (baterista) na cabeça. Ele ligou para o Adriano e gravamos quatro músicas num encontro de quatro horas no estúdio de Peter Karl, no Brooklyn. Quando cheguei em BH e ouvi a gravação. Pensei, “este será meu cd”, mas tinha que voltar e gravar mais…Dai tentei o crowdfunding, que deu certo…
WG – Conte-nos um pouco sobre cada uma das músicas compostas p esse cd.
MA –
From Belo to Brooklyn
foi feito uma semana antes de gravar. Foi uma inspiração no ritmo que Toninho Horta faz no violão, um 3/4 ágil e na segunda parte uns acordes com um som meio árabe. Dediquei ao Peter Karl, dono do estúdio no Brooklyn, sujeito competente e simpático com que curiosamente quase trombei por acaso na rua do Village, logo depois de ter conhecido no estúdio. Acho que era uma chance em mil daquilo acontecer…
Das Alagoas
Dediquei ao Hermeto Pascoal, é um baiao com uma intro meio maracatu…deve ser a mais antiga…com uns 15 anos.
21 de setembro
é dedicada a meu irmão Julio Cesar. É um folk em 7/8. No meu primeiro cd tem o Folkspain também folk em 7/8.
Salve salve
é um samba com os 4 acordes iniciais de “Brigas nunca mais” depois segue seu rumo…
Marajó
é um maracatu que da nome ao álbum, quis fazer um “Mara” alguma coisa como no primeiro cd “Maracatuaba”.
American song
é uma levada mais pop com o tema e banda respondendo a melodia. Na segunda parte aparecem uns compassos compostos acompanhando a melodia.
O vôo do menino gigante
essa tem um ano e fiz durante o Savassi Festival do ano passado inspirado pelo show de André Mehmari & Antonio Loureiro com a OSMG. Dedico ao André que tocou em vários shows meus em BH e SP quando lancei o Maracatuaba. O estilo é jazz waltz com a melodia lúdica, talvez eu tenha enxergado o vôo de um menino que ja era gigante antes de crescer; genial André!
Schiphol
é o nome do aeroporto Holandês e lembra as diversas vezes que passei por la fazendo escala para Suécia… sempre correndo com a guitarra a mão. O estilo é mais para violão clássico, que não é o meu forte, mas gosto da composição e os caminhos harmônicos jamais percorridos por mim antes… esta não tem improvisação.
Baião pra Nanda
tem participação especial de Sergio Santos. Dediquei a amiga Maria Fernanda. Este baião tem mais de dez anos…
Outubro nublado
é uma balada com violão num estilo mais pensando em quarteto de cordas, como em Schiphol.
Choro de Bebê
é meio choro com melodia lúdica, estilo canção de ninar…num duo de piano e guitarra sem improvisação. Fiz enquanto ouvia o choro de Beatriz que mora uma janela acima da minha sala de estudo. Dedico a Beatriz e a Sofia, filha do Mike Eckroth.
SAVASSI FESTIVAL
Magno Alexandre apresenta ‘Marajó’
30 de junho, às 20h00
Centro Cultural Banco do Brasil – Pça. da Liberdade – Teatro 1
Ingresso: R$ 20,00 e 10,00 (meia).