Festival Jazz de Montanha 2018 (Juiz de Fora – 14 a 17/11)
Idealizado pela Beebop Produções, o Festival Jazz de Montanha foi criado para suprir a lacuna de projetos voltados para a música instrumental no interior do estado de Minas Gerais. Em sua segunda edição, o evento terá em sua programação nove shows e três workshops visando ampliar a circulação de artistas da nova geração da música instrumental e promover em Juiz de Fora, um evento nos moldes dos que acontecem durante todo o ano na capital mineira. Entre os dias 14 e 17 de novembro, o Festival promoverá shows e workshops com grandes nomes da música brasileira e artistas locais. As apresentações, com entrada gratuita, acontecerão no Teatro Paschoal Carlos Magno.
14/11 – Quarta
18h00 – Banda Tenente Januário sob regência de Jorge Rômulo
A Associação Musical Tenente Januário, comumente conhecida como Banda Tenente Januário, é a mais antiga sociedade de orquestra em Juiz de Fora. Em atividade desde 1936, carrega o nome do seu primeiro regente, o Tenente José Januário da Silva. A banda foi contemplada com os títulos de Utilidade Pública Municipal, em 1961, e Estadual em 1971. Com 81 anos completos em 2017, a história da banda é marcada por grandes talentos e líderes da música juiz-forana. Atualmente, regida pelo maestro Jorge Rômulo, a orquestra apresenta-se regularmente em praças públicas da cidade e participa de encontros regionais.
19h30 – Chadas Ustuntas Quinteto
Chadas chegou ao Brasil em 2006, e logo se identificou com a cultura do país, onde reside até hoje. Compositor, arranjador e multi-instrumentista realiza junto aos músicos mineiros um trabalho de pesquisa e intercâmbio musical que agrega elementos da música latina, brasileira, música turca, jazz e música clássica. No repertório músicas autorais além de novos arranjos para músicas de Moacyr Santos, Hermeto Pascoal, Astor Piazzola, Pixinguinha, entre outros.
Chadas Ustuntas Quinteto é formado pelo turco Chadas Ustuntas (violão de 11 cordas), Maíra Delgado (percussão), Leandro Domith (acordeon), Marcelo Mattos (contrabaixo) e Gladston Vieira (bateria).
21h00 – Samy Erick
Versátil e polivalente, o guitarrista Samy Erick se destaca na nova cena mineira por sua criatividade e sofisticação musical. Samy, que também é violonista, compositor e produtor musical, transita por diversos estilos da música brasileira e internacional, com destreza e sensibilidade. Para o Jazz de Montanha, Samy apresenta show de seu primeiro disco, Rebento, lançado em 2017 e vencedor do Prêmio Marco Antônio Araújo 2018 de melhor disco instrumental produzido em Minas Gerais. Rebento é a soma de estilos e influências pelos quais Samy navegou em sua carreira, em uma leitura inédita e íntima de sua trajetória musical.
Acompanhado por Gladston Vieira na bateria, Aloízio Horta no baixo, Alexandre Andrés na flauta e Breno Mendonça no saxofone, o músico explora as múltiplas e sofisticadas possibilidades da música instrumental brasileira.
15/11 – Quinta
19h30 – Sérgio Santos e Proveta
Sergio Santos é compositor, cantor, violonista e arranjador começou sua carreira em 1982, participando do espetáculo Missa dos Quilombos, de Milton Nascimento. Em 1991 iniciou uma parceria com Paulo César Pinheiro, um dos maiores poetas da história da música brasileira, com quem compôs uma obra de mais de 300 composições. Tem 8 CDs gravados, lançados por gravadoras brasileiras, americanas e japonesas, tendo Áfrico sido eleito o melhor CD de 2002 (Prémio Rival BR) e Litoral e Interior indicados ao Grammy Latino em 2010. Já dividiu o palco com artistas como Dori Caymmi, Edu Lobo, Joyce, Mônica Salmaso, Francis Hime, Leila Pinheiro e Lenine. É um dos compositores mais importantes de sua geração. Atualmente prepara o lançamento do CD “São Bonitas as Canções”, seu primeiro CD como intérprete de outros autores.
Pode-se dizer, sem medo de errar, que Proveta ocupa lugar de destaque na galeria dos principais músicos do Brasil. Com mais de 30 anos de carreira é figura de destaque no cenário da música instrumental brasileira. Integrante e fundador da Banda Mantiqueira, compositor e arranjador, além de instrumentista, esteve envolvido em muitos dos melhores e mais relevantes projetos musicais das últimas décadas. Já dividiu o palco com artistas como Natalie Cole e Benny Carter, além de ter seguido em turnês com a orquestra de Ray Conniff. O show conta ainda com participação especial da cantora mineira Maíra Manga.
21h00 – Carolina Serdeira
Carolina faz show de lançamento do DVD que marca a comemoração aos seus 10 anos de carreira. Gravado ao vivo em Juiz de Fora em novembro do ano passado, o registro traz sucessos da carreira da artista, com canções do disco de estreia, releituras de grandes mestres da música brasileira, além das inéditas “Dundun”, “Geração Colorida”, “Tarde de Inverno” e “Por elas”. Depois do elogiado “Lembrete”, lançado em 2013, a cantora faz um passeio por sons com referências no jazz e na bossa nova. Com seu canto suave e delicado, Carolina Serdeira é considerada uma das mais belas vozes do estado. Cantora desde criança, ela vai de bossa, samba, bolero e jazz.
A cantora se apresenta acompanhada pelos músicos Breno Mendonça, saxofone e direção musical, Samy Erick, violão e guitarra, Bruno Vellozo, baixo e Gladston Vieira, bateria. O show conta ainda com a participação especial de Juliana Stanzani (voz) e Renato da Lapa (violão).
16/11 – Sexta
19h30 – Homenagem Big Charles
Em 2018 o Jazz de Montanha homenageia o baterista e compositor juizforano João Carlos Guedes Pimentel, conhecido popularmente como Big Charles, que faleceu aos 73 anos em 17 de janeiro deste ano. Virtuoso e irreverente, nos últimos anos o artista se aprofundou não apenas na música, mas também na pintura de telas abstratas. Telas essas que inspiraram toda a identidade visual do Jazz de Montanha 2018.
Para além da inspiração visual, o festival também contará com um show especial em homenagem ao artista, com participação de músicos que atuaram com Big Charles durante seus mais de 50 anos de carreira, sendo eles, Márcio Hallack (piano), Kim Ribeiro (flauta), Berval Moraes (baixo), Estevão Teixeira (flauta), Guilherme Stephan (bateria), Gilberto Cipriano (trompete), Daniela Aragão (voz), Pedro Henrique Guedes (voz) e Breno Mendonça (sax tenor).
21h00 – Nivaldo Ornelas Quarteto
Saxofonista, flautista, compositor e arranjador com 50 anos de carreira. Nivaldo Ornelas foi um dos fundadores do “Berimbau Jazz Clube”, ponto de encontro dos músicos mineiros nos anos 60. Logo depois, participou do “Clube da Esquina” e, em seguida, excursionou por alguns festivais internacionais de maior prestígio: Chicago Jazz Festival (EUA), Newport Jazz Festival (EUA), Montreux (Suíça), Live Under the Sky (Japão), Festival de Estoril (Portugal) e Free Jazz (Brasil).
Transitando bem entre o popular e erudito, elaborou cerca de 200 peças, entre composições para orquestras de câmara ou sinfônica, música popular, trilhas para cinema, teatro e balé. Entre as participações com outros artistas, destacam-se aquelas com: Toninho Horta, Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Milton Nascimento, Juarez Moreira, Cid Ornellas, Cléber Alves, Mauro Rodrigues, Robertinho Silva, Célio Balona, Jairo Lara, Flora Purin, Airton Moreira, entre outros. Encerrando a terceira noite do Jazz de Montanha 2018, Nivaldo se apresenta ao lado de grandes nomes da música instrumental brasileira, são eles: Kiko Continentino (piano), Sérgio Barrozo (baixo acústico) e Paulo Braga (bateria).
17/11 – Sábado
19h30 – Thiago Delegado
Referência no violão de sete cordas, o instrumentista e compositor mineiro Thiago Delegado se destaca por sua performance que mistura a sonoridade simples à sofisticada composição. No palco do Jazz de Montanha Delegado apresenta o seu quarto trabalho: Sambetes Vol.1. Acompanhado de seu quarteto, o virtuoso violonista debruça-se no sambete, estilo consagrado nos anos 1950/1960, pelo criador da Bossa Nova, Roberto Menescal, às vésperas do seu aniversário de 81 anos. O álbum foi lançado no primeiro semestre de 2018 no formato vinil e CD.
Além das 8 canções do álbum, que dão base ao show, o repertório é baseado em influências musicais de compositores brasileiros consagrados e composições do próprio violonista, num resultado moderno, animado, virtuoso e surpreendente. O músico se apresenta ao lado de Deangelo Silva (teclado), Aloízio Horta (contrabaixo) e André Limão Queiroz (bateria).
Redescobrir Elis Regina
Encerrando o Jazz de Montanha 2018, no dia 17 de novembro, Carolina Serdeira e Malvina Lacerda lançam o álbum visual Redescobrir – Elis Regina. O projeto revisita grandes clássicos de Elis e dá roupa nova a grandes sucessos. O projeto redescobrir teve sua estreia em 2017 e, em função do sucesso de crítica e público, se expandiu e foi eternizado em um álbum visual. Isso quer dizer que, além do CD, o público poderá assistir a clipes produzidos para cada canção, que serão lançados nas redes sociais do projeto.
Nos palcos, Redescobrir conta com uma banda de grandes talentos da música instrumental, composta por Deangelo Silva no teclado, Aloízio Horta no baixo, Paulo Fróis na bateria, Breno Mendonça no saxofone, Ulisses Luciano no trompete, João Machala no trombone e o premiado Samy Erick, no violão e guitarra. Também é de Samy a direção musical e os arranjos do álbum. No repertório, o público encontra os grandes sucessos da Pimentinha em releituras que navegam tanto pelas influências do samba-jazz de Carolina Serdeira quanto pelo delicado pop de Malvina Lacerda, numa verdadeira imersão em música popular brasileira de qualidade.
WORKSHOPS
As inscrições custam só R$20,00 e podem ser feitas pelo sympla.com.br/jazzdemontanha ou através do e-mail contato@jazzdemontanha.com.br
14/11 – QUARTA FEIRA
10h00 – Saxofone e Clarinete com Nailor Proveta
15/11 – QUINTA FEIRA
10h00 – Violão e Guitarra com Samy Erick
16/11 – SEXTA FEIRA
10h00 – Bateria com Paulo Braga
https://jazzdemontanha.com.br/