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Flávio Venturini e Ricardo Bacelar lançam o EP ‘Telepatia’

Augusto Pio, jornal Estado de Minas, 31/05/2024

Juntos pela primeira vez, o músico mineiro Flávio Venturini e o cearense Ricardo Bacelar, cantor e compositor que tocou na banda Hanói-Hanói, lançam “Telepatia” (Jasmin Music), gravado em Fortaleza (CE). Com três faixas, o EP chega às plataformas nesta sexta-feira (31/5). “Lareira”, inédita de Venturini, ganhou clipe.

O cantor e compositor mineiro conta que há tempos vinha acompanhando o selo cearense Jasmin Music.

Ricardo fez projetos muito legais com Toninho Horta, Gilberto Gil e Jaques Morelenbaum, entre outros. Numa de minhas idas a Fortaleza, fui apresentado a ele pelo jornalista Cacá Raimundo, amigo de longa data. Fomos jantar na casa de Ricardo e pude conhecer seu maravilhoso estúdio, um dos melhores do Brasil, com todos os equipamentos possíveis. Foi uma experiência incrível gravar lá”, diz.

Além de Venturini (vocais, teclados e piano) e Bacelar (vocais, teclado, piano acústico e arranjos), participaram das gravações Torcuato Mariano (guitarras e arranjos), Robertinho Marçal (bateria), Nelio Costa (contrabaixo), Hoto Junior (percussão), Maria e Sara Bacelar (vocais).

 

 

Tudo em cima

Venturini propôs que seu produtor, Torcuato Mariano, assinasse a produção em parceria com Bacelar.
Fiquei uns cinco dias na casa do Ricardo. Ele me disse: ‘Já que você está aqui, a gente tem tudo em cima, vamos fazer um EP’. E, então, reuniu músicos cearenses muito bons. Tenho muitas composições que não gravei e fui guardando”, conta Flávio, que tirou canções de seu “baú” para o EP.

Uma delas é “Samba saudade” – samba-bossa com letra do poeta e escritor mineiro Murilo Antunes. Já “Telepatia” tem melodia de Flávio e letra de Jorge Vercillo.

Por último, gravamos ‘Lareira’, com melodia e letra minhas. Fiz no hospital, quando estive internado. Levei o teclado para o quarto e a compus. Havia iniciado esta canção no meu sítio e terminei lá mesmo no hospital.”

Esta música é influenciada pela MPB “da praia do Ivan Lins” e “dos compositores que têm harmonia rebuscada, mais bonita”, explica Venturini. “Fiquei muito feliz em gravar esta canção, só que a gente tocou com arranjo diferente. Foi muito legal levar o Torcuato, porque ele sempre dá ideias e revoluciona o arranjo.”

Ricardo Bacelar ficou feliz em gravar com Venturini. “Foi muito divertido, pois Flávio é muito leve, tranquilo, assertivo naquilo que quer e tem ótimo astral”, diz. A hospedagem do parceiro em sua casa funcionou como uma espécie de residência artística.

A gente tomava café, ia para o estúdio, almoçava e voltava. Isso criou uma conexão forte que se refletiu no trabalho. É diferente de você estar no estúdio no meio da cidade, ter de sair para almoçar e voltar”, compara Ricardo.

Os dois dividiram os vocais nas três faixas. “Como eu e Flávio somos pianistas e tecladistas, houve muita troca de ideias. Espero que possamos fazer outros trabalhos”, diz Bacelar. Roberto Menescal, Fagner, Ivan Lins e Leila Pinheiro também gravaram trabalhos no estúdio do selo Jasmin Music.