Jazz News

Rodrigo Simões e Banda Jazzmin’s BB

RODRIGO SIMÕES lança TRE


Guitarrista de Curitiba, radicado em Montreal (CA),  lança disco inspirado no número três, 
baseado na guitarra latina, grooves afro-brasileiros e jazz fusion. 

O guitarrista brasileiro Rodrigo Simões, radicado em Montreal há oito anos, lança nas plataformas digitais TRE, terceiro álbum de sua carreira, pelo selo canadense de jazz Three Pines Records. Com base na guitarra latina, grooves afro-brasileiros e jazz fusion, o disco tem a inspiração do número três, com composições e melodias em 3/4, 6/8 e 9/8, e é dividido em três suítes divididas em três peças. O design também mergulha no universo místico e matemático da lógica ternária, ou seja, o número três está em todo lugar neste projeto.

Em nove títulos, TRE (três em italiano) explora a diversidade do jazz brasileiro em um estilo alegre que privilegia a improvisação. O repertório é formado por Add 1 TecoBituca (influenciado na alegria da música de Milton Nascimento), Baião de 3Yardbird Free (uma referência a Charlie Parker), IbiNa categoriaCompo 9, Laranjeiras, todas de autoria de Rodrigo Simões e Balderrama, uma homenagem a Mercedes Sosa, de Gustavo Cuchi Leguizamon e Manuel Jose Castilla. Os arranjos são todos de Rodrigo Simões.

 

 

Nesse trabalho, Rodrigo Simões está ao lado de Carl Mayotte no baixo e Mark Nelson na bateria para formar um trio. Conta com três convidados especiais, o saxofonista Jean-Pierre Zanella em “Add 1 teco” e “Bituca”; o percussionista Elli-Miller Maboungou em “Ibi” e “Na Categoria”; a cantora Bianca Rocha que empresta sua voz nos títulos “Baião de 3” e “Compo 9”.

“TRE é um álbum sob o signo do 3, o número do equilíbrio”, explica Rodrigo Simões. E completa, “Estou sempre tentando trazer alegria para as pessoas com músicas inspiradoras, edificantes e principalmente, tento manter a música brasileira viva fora do Brasil, também contribuindo para a formação musical dos meus alunos.”

O compositor e guitarrista Rodrigo Simões já colaborou com grandes artistas ou projetos no Brasil como Orquestra à Base de Cordas convida Elza Soares, Carlos Malta, Paulinho da Viola, Dominguinhos, Zeca Baleiro e Paulinho Moska. No Canadá, com artistas como Bill McBirnie, Joel Miller, Flavia Nascimento, Alex Lefaivre, Sonia Johnson, Sienna Dahlen, Janie Renée, Daniel Bellegarde e Jean-Pierre Zanella.

Sua carreira internacional o levou à China, Austrália, Coréia do Sul, Paraguai e Estados Unidos, além de seu país adotado, o Canadá. Em 2013, lançou seu primeiro álbum autoral “Aos Velhos Amigos”, um disco de jazz com fortes influências da música da região sul. Em 2018, concluiu o mestrado em composição jazz pela Universidade de Montreal sob a supervisão do baixista Alain Caron (UZEB). Também em 2018, lançou “Jazz Brésilien”, que ganhou Medalha de Bronze no Global Music Awards e foi classificado entre os cinco melhores álbuns jazz do Quebec por “Sorties Jazz Nights”.

Site: https://www.rodrigosimoes.ca

 

 

JAZZMIN`S BIGBAND lança FEMININA

Frases como “você toca como homem” ou “mulher não tem a mesma pegada que o homem tem para tocar” são frequentemente ouvidas por instrumentistas. O desafio de enfrentar um mercado predominantemente masculino se reflete em números assustadores – Segundo o ECAD, (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), somente 8% dos direitos autorais foram destinados às mulheres em 2022. Pensando nisso, surge Feminina, projeto criado pela Jazzmin’s não só para homenagear as mulheres compositoras como também, para defender o trabalho das instrumentistas no palco.

O espetáculo Feminina, que se espalha por cidades brasileiras, apresenta repertório com obras de compositoras como Chiquinha Gonzaga, Joyce Moreno, Sueli Costa, Elizeth Cardoso, Rosa Passos, Rita Lee, entre outras. Com artistas vindas do universo popular e erudito, a Jazzmin’s reúne 17 instrumentistas de várias tendências musicais e de diferentes gerações e assim, estimula e inspira outras musicistas a enfrentarem as dificuldades de um mercado ainda cruel para as mulheres.

Formam o repertório, músicas como Feminina (Joyce Moreno), 7X1 (Gê Cortes), Alguém me avisou (D. Ivone Lara), Dois amores (Fátima Guedes), Pagu (Rita Lee), Corta Jaca (Chiquinha Gonzaga), Pano pra manga ( Rosa Passos), entre outras.

O Brasil é um país com muita tradição musical, mas a participação das mulheres nessa história é negligenciada. Um contexto machista perpetuou a ideia de que a música é uma atividade masculina, pois é necessário muito tempo para estudar. Chiquinha Gonzaga, por exemplo, enfrentou inúmeros desafios pessoais por se dedicar à música e foi moralmente condenada por isso. Embora haja avanços e mudanças nos dias atuais, as mulheres instrumentistas ainda enfrentam dificuldades, fazendo malabarismos com o tempo disponível para o estudo e também para serem chamadas para apresentações.

 

Jazzmin’s

A Jazzmin’s foi idealizada em 2016 pela saxofonista Paula Valente e pela pianista Lis de Carvalho que, inspiradas por suas experiências como professoras da EMESP, perceberam a necessidade e importância de abrir espaços para a expressão feminina dentro da música instrumental. Em 2021, o grupo lançou Quando Te Vejo, disco de estreia. A banda tem se firmado como uma importante ferramenta de empoderamento feminino, levantando pautas sobre igualdade de gênero, representatividade e diversidade na música.

Musicalmente, se diferencia das big bands tradicionais por ter uma formação particular, resultando numa sonoridade singular. O som característico das madeiras como a flauta, o clarinete e o clarone, da trompa e até mesmo do vibrafone amplia, diferencia e proporciona ao grupo arranjos únicos.

 

 Jazzmin’s Big Band

Direção de Produção: Paula Valente, Lis de Carvalho e Amália De Vincenzo

Intérpretes:
Marta Ozzetti (flautas) Laís Francischinelli, (clarinete) Fabrícia Medeiros (clarinete, clarone) Paula Valente (sax alto, soprano e flauta) Beatriz Pacheco (sax alto) Taís Cavalcanti (sax tenor) Mayara Almeida (sax tenor) Isabelle Menegasse (trompa) Grazi Pizani (trompete e flugel) Estefane Santos (trompete e flugel) Cindy Borgani e Luana Maele (trombones) Carol Oliveira (vibrafone/percussão) Lis de Carvalho (piano) Gabi Gonzalez (guitarra e violão) Gê Côrtes (baixo elétrico e acústico).