‘Cataventos’ saúda os 70 anos de carreira de Hermínio Bello de Carvalho
Aos 88 anos de idade, compositor se diz ‘operário da cultura brasileira’. Fernanda Montenegro e Maria Bethânia participam do álbum lançado pelo selo Sesc/SP. Parceiro de Pixinguinha, Dona Ivone Lara, Cartola, Baden Powell, Sueli Costa e Paulinho da Viola, entre outros, o compositor Hermínio Bello de Carvalho, de 88 anos, lança nas plataformas digitais, nesta quarta-feira, (12/7), o álbum Cataventos. O objetivo do projeto produzido pelo selo Sesc/SP é comemorar os 70 anos de carreira do artista carioca, que também é jornalista, escritor e poeta.
Do samba à valsa
Com direção de produção de Helton Altman e produção musical e arranjos de Lucas Porto, o álbum apresenta sambas, sambas-canção e uma valsa. Traz 15 músicas, 12 inéditas, e homenageia Cartola, Clementina de Jesus, Pixinguinha e o escritor paulista Mário de Andrade.
“Esse é um álbum de música e poesia, dando-nos o privilégio da voz da minha amiga Fernanda. Aliás, nunca imaginei que ela recitaria um poema meu algum dia”, revela Hermínio.
Presente divino
“Há uma coisa bonita: as pessoas que continuam atuando comigo foram essenciais na minha vida. Não sei se fui tão essencial assim na vida delas, mas tenho muito cuidado em citar os meus parceiros, as pessoas que me acompanham na vida. Como digo, ninguém faz nada na vida sozinho. Gosto, por exemplo, que conste o nome dos músicos na ficha técnica, dos instrumentos que tocaram, quem ilumina o palco, quem faz a cenografia”, comenta.
Clementina e Sophia Loren
Hermínio se diz um fã por natureza. “Gosto de admirar as pessoas. E aquelas que admirava em minha infância me acompanham até agora. Elas alimentam a minha criação artística. Aracy de Almeida, Elizeth Cardoso, como vou esquecer? Tive esse privilégio. Sem falar na Clementina de Jesus, que hoje é uma figura internacional. Ela não é uma pessoa que só aconteceu no Brasil”, destaca.