José Olavo, produtor e curador do Santa Jazz
Wilson Garzon – A ideia de realizar um festival em Santa Teresa surgiu quando? O conceito inicial de jazz & bossa foi o de diferenciar o seu projeto dos outros festivais?
José Olavo – A ideia do festival surgiu a 10 anos atrás. O objetivo era criar um evento que fosse uma ferramenta para o desenvolvimento do turismo sustentável para região montanhas do ES em especifico Santa Teresa. A música tinha como objetivo ser a principal atração para atrair um público seleto. Como a maioria dos festivais usam o Jazz e o Blues, quis dar um destaque para a Bossa e de uma certa forma ABRASILEIRAR mais o Festival.
WG – A curadoria do Santa Jazz é de sua responsabilidade? Há parcerias com outros festivais para trazerem artistas internacionais?
JO – A Curadoria é feita em seis mãos: Temos o Stenio Mattos do Festival de Rio das Ostras, o Dan Mendonça e eu.
WG – Na atual edição, que novidades você destacaria na programação?
JO – Tudo o que fazemos no Festival tem um destaque especial, principalmente com País vivendo o que está vivendo. Chegamos onde queríamos chegar: Um evento onde o RESPEITO é sentido em cada canto do SANTA JAZZ, artistas, equipe de colaboradores, público, imprensa, são o nosso FOCO. A programação está bem recheada, os Restaurantes com seus 1.400 lugares estão com um cardápio fantástico, Carta de vinho diversificada e de qualidade e cervejas artesanais capixaba para complementar. Exposição de arte e o Espaço Criativo com muitas novidades.
WG – Em termos de negócios, o festival vem sendo ampliado? Isso se reflete nas parcerias e apoios que estão presentes nessa edição?
JO – Sim, mas ainda dependemos muito do Poder Público. Precisamos que a iniciativa privada entre mais forte para garantir a sustentabilidade e longevidade do nosso Santa Jazz.
WG – Em termos de público que frequenta o Santa Jazz, que características você apontaria?
JO – É um público extremamente seleto, meio a meio homens e mulheres, grau de escolaridade alto e bom poder aquisitivo.
WG – A parceria com a FAMES acontece desde o início ou foi durante o processo?
JO – Desde o início. Um dos objetivos do Festival é a integração do Músico Local com músicos de renome Nacional e Internacional.
WG – Além do Santa Jazz, como produtor você está presente em outros eventos?
JO – Sim; vivo há 25 anos exclusivamente de produzir e criar eventos. Temos eventos nos mais diversos segmentos de mercado: Logística, eventos, vinho, cervejas artesanais, carros antigos, e eventos corporativos.
WG – O que você projeta para as próximas edições? E como músico, pensa em voltar?
JO – A nossa projeção é continuar a produzir o Santa Jazz com o mesmo Tesão que fizemos a primeira edição. Como músico, é continuar fazendo o que faço hoje TOCAR ONDE QUERO, O QUE QUERO E COM QUEM EU QUERO, sem depender da musica financeiramente. Na verdade, a música é uma grande paixão e eu tenho conseguido fazer um trabalho na música, mas sem depender dela para viver financeiramente. Coloquei como meta tocar uma vez por mês na noite ou quando pinta convites para shows.