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Alfredo Dias Gomes lança ‘Jazz Standards’

 
O inquieto baterista Alfredo Dias Gomes está de volta, com novo álbum solo, o seu 12º, agora mergulhando fundo em uma paixão antiga, o jazz, em especial os clássicos mundialmente conhecidos, obrigatórios em qualquer playlist do gênero. Acompanhado por um respeitável time de músicos (Jessé Sadoc, trompete / Widor Santiago, sax tenor / Jefferson Lescowich, baixo / Lulu Martin, teclado), Alfredo Dias Gomes está lançando “Jazz Standards”, seu primeiro disco exclusivamente dedicado ao jazz. Gravado em seu próprio estúdio, na Lagoa – RJ, o lançamento já está disponível, como CD físico e download na CD Baby, e nas plataformas digitais, com download e streaming no Apple Music, Spotify, Deezer e Youtube Music. No repertório, “Cherokee”, “Seven Steps to Heaven”, “Lazy Bird”, “Red Clay”, “Solar”, “Giant Steps”, “A Night in Tunisia”, “Caravan”e “Footprints”. (Material de Divulgação do CD)
Alfredo Dias Gomes lança álbum com clássicos do jazz
Augusto Pio, jornal Estado de Minas, 21/04/2020 

Gravar um disco somente com clássicos do jazz era paixão antiga do baterista Alfredo Dias Gomes. E o seu desejo pode ser realizado agora, com o lançamento do 12º álbum do músico carioca, Jazz standards. Independente, o disco foi gravado no próprio estúdio que Alfredo tem em sua casa, no Rio de Janeiro, e traz canções mundialmente conhecidas, como A Night in Tunísia, Lazy Bird, Caravan e Cherokee, entre outras.

Filho dos dramaturgos Dias Gomes e Janete Clair, Alfredo se apresenta profissionalmente desde os 18 anos e já tocou e gravou com Ivan Lins, Hermeto Pascoal, Lulu Santos e Heróis da Resistência, entre outros. Para participar das gravações, ele convidou os instrumentistas Jessé Sadoc (trompete), Widor Santiago (sax tenor), Jefferson Lescowich (baixo) e Lulu Martin (teclados). “Este é realmente o meu primeiro disco inteiramente dedicado ao jazz.”

Ele conta que quis fazer um álbum diferente dos outros lançados até agora.
Isso porque venho lançando um CD atrás do outro desde 2015, e relançando também discos antigos. Devo ter lançado de 2015 para cá uns sete discos, contando com aqueles que masterizei. Cada um tem a sua onda, sendo que a maioria deles é uma fusão de jazz com rock e música brasileira. Alguns são mais para o rock e outros para a música brasileira. Algumas canções destes discos anteriores eu as compus como jazz, mas, realmente, nunca havia feito um disco totalmente dedicado a esse ritmo incrível.”

 

 

A ideia de Alfredo era mesmo lançar um disco somente com standards de jazz.
Já venho com esse pensamento há algum tempo, pois são clássicos. E quis gravá-los sem pensar como eles foram gravados, ou seja, sem aquela preocupação de ouvir, exatamente para não ser influenciado. Obviamente, já ouvi os originais em outras ocasiões. Então, gravei como se fossem canções novas. Realmente, as toquei de uma maneira inédita, ou seja, à minha maneira.”

Alfredo ressalta que as músicas do disco já estão com seus arranjos prontos, pois foram lançadas pelos próprios autores. “Não cheguei a fazer um novo arranjo, mas fizemos, sim, nova introdução, novo final, mas a forma das músicas continua a mesma. É que elas já estão prontas e, por isso, é muito difícil mexer nelas. O Widor fez algumas dobras e alguns arranjos para o saxofone, mas as músicas em si já foram arranjadas pelos próprios autores e, por isso, é difícil rearranjá-las.”

Em razão disso, Alfredo aconselhou os músicos a interpretarem cada um à sua maneira.
A concepção do arranjo era cada um tocar da maneira que sentisse a canção e o resultado foi muito bom. Quando tocamos um jazz, por mais que escutamos a música, ouvimos outras coisas também e, por isso, acabamos executando de uma maneira diferente dos outros intérpretes, mas garanto que o sotaque é brasileiro.”

O músico carioca revela que, embora toque vários instrumentos, participou da gravação de Jazz standards, tocando apenas bateria.
Eu produzi este disco, mas os solistas e a base foram muito fundamentais e de suma importância. Além disso, pude contar com grandes músicos brasileiros, que deram ao álbum uma cara diferente dos meus outros CDs. É um disco que não tem guitarra e é muito jazzístico.”

Alfredo escolheu o repertório lembrando-se das músicas que mais gostava de tocar quando se apresentava nas noites cariocas.
Essa época me trouxe uma experiência incrível. Foi uma ótima fase da minha vida e que me trouxe muita coisa nova. Tocava muita música na hora, sem nenhum ensaio, era incrível. E muitas ficaram em minha cabeça. E pensei: ‘Um dia vou gravar um disco com essas canções, que são muito boas’. Além disso, escolhi músicas clássicas, como Caravan, A night in Tunisia, que muitos conhecem. Agora, não mexi nelas, mas a parte do arranjo foi puro sentimento, interpretação.”

QUARENTENA
Ele garante que este é um disco bom para a audição de todas as pessoas.
É um CD que o leigo vai ouvir e gostar, com certeza. Não é um disco só para músicos ouvirem, é para todos, pois reúne músicas de qualidade, executadas por músicos competentes”. Alfredo está aproveitando a quarentena para compor e lançar as músicas em futuros projetos, além de divulgar o novo trabalho. “Ainda não aderi às lives, mas não descarto a possibilidade”.

 

REPERTÓRIO

1. Cherokee (Ray Noble)
2. Seven steps do heaven (Victor Feldman/Miles Davis)
3. Lazy bird (John Coltrane)
4. Red clay (Freddie Hubbard)
5. Solar (Miles Davis)
6. Giant steps (John Coltrane)
7. A night in Tunísia (Dizzy Gillespie)
8. Caravan (Juan Tizol/Duke Ellington)
9. Footprints (Wayne Shorter)